Pergunta #11005

O comentário sobre alto, longe e profundo me lembrou uma poesia de Elizabeth Barret quando em Londres, por volta de 1845, começou o romance com o tb poeta Robert Browning. Eu tinha uns doze anos quando a li pela primeira vez e me ficou tatuada na, vamos dizer, alma. Aí vai na primorosa tradução de Manuel Bandeira :

Amo-te quanto em largo, alto e profundo
minh´alma alcança quando, transportada,
sente, alongando os olhos deste mundo,
os fins do Ser, a Graça entressonhada.

Amo-te em cada dia, hora e segundo:
à luz do Sol, na noite sossegada,
e é tão pura a paixão de que me inundo
quanto o pudor dos que não pedem nada.

Amo-te com o doer das velhas penas;
com sorrisos, com lágrimas de prece,
e a fé da minha infância, ingênua e forte.

Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, se assim Deus o quiser,
ainda mais te amarei depois da morte.

Resposta:

Lindo.

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