CATÁSTROFES [Edição 67]
Desde que a humanidade existe, ocorrem eventos de origem natural que podem trazer prejuízos de diversas ordens. Como o planeta está meio cheio agora e a comunicação é instantânea e completa, parece que eles têm acontecido com mais freqüência, o que não é verdade. Mas é muito bom para alarmistas e profetas apocalípticos de toda espécie.
CATÁSTROFE – do Grego katastrophe, “fim súbito, virada de expectativas”, de kata-, “para baixo”, mais strophein, “virar”.
Esta palavra teve a sua origem no teatro, no antigo drama grego; era o momento em que os acontecimentos se voltavam contra o personagem principal, num movimento feito pelo coro inteiro no teatro.
TERREMOTO – da expressão latina terrae motus, “movimento da terra”, de terra mais motus, particípio passado de movere, “mover, deslocar, passar de um lado para outro”.
SISMO – do Grego seíein, “mover, deslocar, mexer”. É sinônimo de “terremoto”, mas nem todos conhecem a palavra. Foi a partir dela que se construiu sismógrafo, para nomear o aparelho que registra abalos terrestres. Seu nome se fez de “sismo” mais o Grego graphé, “registro”.
INUNDAÇÃO – do Latim inundare, “encher de água, inundar”, de in-, “em”, mais unda, “onda, o que surge em grande quantidade”.
TSUNAMI – do Japonês tsunami, de tsu, “porto”, mais nami, “onda”. Entrou para a terminologia ocidental ao redor de 1905.
MAREMOTO – similar à construção de “terremoto”, faz-se pela junção do Latim mare, “mar”, mais o já citado motus. É sinônimo de tsunami.
AVALANCHE – do Francês avalanche, do Romanche (um dos quatro idiomas oficiais suíços), avalantz, “descida”, provavelmente derivado de um idioma alpino pré-romano.
VULCÃO – retirado do nome de um dos deuses romanos, Vulcano. Ele era um deus subterrâneo que se dedicava muito aos trabalhos com o ferro. Era o fabricante dos raios que Júpiter se comprazia em atirar em quem o incomodava. Os habitantes da península romana inicialmente acreditavam que o Monte Etna, um vulcão ainda hoje muito ativo, era a chaminé das forjas de Vulcano. O nome dele é de origem etrusca.
LAVA – é o grande produto dos vulcões. O comércio ainda não conseguiu um jeito de nos convencer a comprar, de modo que está aí um material em grande parte desaproveitado. Deriva do dialeto napolitano lava, “torrente, curso líquido”, do Latim lavare, “lavar”. Inicialmente se aplicava a torrentes de água após chuvaradas. Mais tarde começou a se usar para derramamamentos de material derrretido do Vesúvio.
PEDRA-POMES – atualmente pouco se sabe sobre este material estranho. Ele nada mais é que lava solidificada, porosa devido ao ar que nela ficou contido quando ela foi expulsa para fora da terra. Era usado como abrasivo. Seu nome vem do Latim pommex, com conotações de “espuma” em sua origem mais remota.
TREMOR – do Latim tremere, “sacudir”. Por um tempo, tremor teve o significado também de “terror”.
FURACÃO – do Espanhol huracán, derivado do Taino hurakán, de hura, “vento”.
TUFÃO – é o nome dos furacões nos mares orientais. Vem do Grego Typhon, “turbilhão”, nome dado ao gigante que era o pai dos ventos na Mitologia, talvez derivado de typhein, “largar fumaça”.
TORNADO – do Espanhol tronada, “trovoada”, do Latim tonare, “emitir grande ruído”, de origem onomatopaica. Dele temos em Português “trovão”.
CICLONE – feita a partir do Grego kyklon, “o que se move em círculo”, de kyklos, “círculo”.