Bote
Qual a etimologia? No sentido de golpe.
Resposta:
Bote, como “golpe, ataque, investida”, vem de botar, do Francês antigo BOTER, do Frâncico BUTTAN, “empurrar, fazer crescer, avançar”.
Qual a etimologia? No sentido de golpe.
Bote, como “golpe, ataque, investida”, vem de botar, do Francês antigo BOTER, do Frâncico BUTTAN, “empurrar, fazer crescer, avançar”.
Um dia o homem começou a se deslocar sobre as águas através de artefatos construídos com esse propósito.
Foi criada uma grande variedade deles, cada uma com seu nome, cada nome com sua origem; e é disto que vamos tratar nesta edição.
BARCO – é um nome genérico que abrange vários tipos de embarcações. Veio do Latim barca, do Grego bâris, “embarcação”.
BOTE – veio, através do Inglês boat, do Germânico bait, “barco”, possivelmente do Indo-Europeu bheid-, “rachar, partir”, a partir da noção de se ter que partir longitudinalmente um tronco de árvore para se fazer uma canoa.
CANOA – por falar nela… Seu nome deriva do idioma Arawak do Caribe, onde esses veículos eram chamados de canaoua.
PIROGA – do Espanhol piragua, que foi tirado também de um idioma do Caribe, que designava essas embarcações a remo de piraugue.
NAVIO – os gregos chamavam de naus os seus navios; em Latim isso se transformou em navis, de onde passou para nós como navio ou nave.
BIRREME, TRIRREME – essas embarcações com duas ou três fileiras (ordens) de remos em cada costado receberam seu nome do Latim biremis e triremis, de bi-, “dois” ou tri, “três” mais remus, “remo”.
Há relatos que dão conta de terem sido usadas quinquerremes, com cinco ordens de remos em cada costado. Mas a construção e o manejo de barcos com essa característica seriam tão difíceis que se concluiu que o mais provável é que esse nome correspondesse ao número de homens para cada remo.
CARAVELA – aqui há dúvidas. Uns dizem que esta palavra vem do Latim carabus, “barco revestido de couro”; outros acham que vem do Árabe qarib, o nome de um tipo de embarcação moura.
Seja como for, esse pequeno barco ajudou a fazer a História.
BUQUE – vem do Provençal buc, “casco de navio, ventre, espaço vazio no interior de um recipiente”, do Frâncico buk, “barriga”.
GALERA (GALÉ) – viria do Catalão ou Genovês galera, alteração do antigo italiano galea, do Grego usado em Bizâncio para designar o tubarão. Daí também derivou o galeão, um veleiro igualmente usado para comércio ou guerra, de maior tamanho e capacidade.
A palavra galera hoje em dia é usada para designar “grupo de pessoas”, possivelmente em referência ao grupo de pessoas transportado na embarcação.
ESCUNA –do Inglês schooner, que possivelmente derive do Escocês scon, “atirar sobre a água, fazer um seixo deslizar sobre ela”.
URCA – ahá, poucos sabiam que se trata de uma embarcação e não apenas do nome de um bairro do nosso Rio de Janeiro, né?
Pois era mesmo um navio de transporte de mercadorias, de características atualmente mal definidas, cujo nome veio do Francês hourque, do Holandês hulc.
IATE- mais uma palavra referente à navegação que teve origem no Holandês, povo que tem especial relação com o comércio marítimo.
Vem de jachtschip, “navio rápido para ataque, para caça”, de jacht, “caça”, mais schip, “barco, navio”.
Passou antes pelo Inglês, onde se transformou em yacht, e de onde navegou para o Português.
JUNCO – o nome deste volumoso navio chinês veio para o nosso idioma quando nossos antepassados andavam fazendo suas descobertas no Oriente, do Malaio jong, “navio, barco grande”, talvez do Javanês djong.
CATAMARÃ – este barco com um ou dois cascos auxiliares para conferir estabilidade tem este nome a partir do Tâmil kattu-maram, “madeira amarrada”, onde kattu quer dizer “ato de amarrar” e maram, “arvore, madeira”.
LANCHA – originalmente designava uma embarcação levada a bordo de outra maior e também veio do Malaio lancharan, de lanchar, “rápido, veloz, ágil”.