Palavra codorniz

AVES

O céu está cheio desses bípedes alados descendentes dos dinossauros, uns cantando bonito, outros sendo lindos de ver, outros apresentando enorme utilidade.

Seja como for, todos têm seus nomes e cada um tem sua origem; vamos entrar um pouco nessa área.

AVE – começando pelo genérico, esta palavra vem do Latim avis, “ave, pássaro”, do Indo-Europeu awi-, idem.

PÁSSARO – do Latim passer, “pardal”. Depois a palavra se estendeu para abranger  um grande número de aves.

SABIÁ – as aves que aqui matraqueiam não matraqueiam como lá… Esta palavra vem do nome usado para estas aves pelo Tupis, sawi’a.

CANÁRIO – chamam-se assim porque são nativos das Ilhas Canárias. Mas as ilhas não se chamam assim porque são o habitat deles, ao contrário do que se pensa.

Elas receberam esse nome (Canariae Insulae, em Latim) devido aos cães que os exploradores lá encontraram em grande quantidade ao chegarem e que eram chamados de canis.

PERIQUITO – este nome é espanhol, e deriva do estranho costume de os seres humanos colocarem os seus nomes próprios nos animais.

No caso, estas aves eram chamadas de perico, diminutivo de Pero, “Pedro”, que depois sofreu ainda mais um diminutivo em nosso idioma.

PAPAGAIO – do Provençal papagai, que veio do Árabe babaghá, o nome da ave.

CODORNIZ – do Latim coturnix. Aliás, os romanos gostavam muito de comer língua de codorniz preparada ao mel.

 

ANDORINHA – veio do Latim hirundo, que parece nada ter a ver com o nome atual, né? Mas a palavra passou a harundo, depois a andorine, que foi confundido com um diminutivo e deu em “andorinha”.

FALCÃO – do Latim falco. Esta palavra foi usada para designar também uma arma de fogo antiga.

GAVIÃO – talvez venha do Godo gabila, através do Espanhol gavilán.

Não fazer confusão com gavial, animal totalmente diferente; este é um crocodiliano do Rio Ganges, cujo nome deriva do Hindustani gharyal, “crocodilo”.

ÁGUIA – do Latim aquila, aparentemente o feminino de aquilus, “de cor escura”.

Os romanos tinham o adágio Aquila non captat muscas, “A águia não pega moscas”, para dizer que certos assuntos estão abaixo de dignidades elevadas.

CONDOR – do Espanhol cóndor, do Quíchua kúntur.

ABUTRE – veio do Latim vultur, possivelmente ligado ao verbo vellere, “romper, rasgar, despedaçar”, que é o que eles fazem com as presas em sua tarefa de limpar campos e matas.

URUBU – esta é do Tupi uru’wu.

 

CORVO – este nome é muitas vezes erroneamente usado para designar o urubu ou o abutre. Trata-se de aves extremamente inteligentes cujo nome vem do Latim corvus.

Em Roma, os ganchos que eram lançados contra navios inimigos para puxá-los de modo a se poder oferecer combate se denominavam corvus, pois eram comparados à garra dessa ave.

PELICANO – do Latim pelicanus, do Grego pelekan, talvez de pelekus, “machado”, pelo formato do bico.

Por muito tempo ele foi usado para representar o amor materno, dizendo-se que ele oferecia o seu peito para os filhotes se alimentarem do sangue do seu coração.

A verdade é mais prosaica; o que se via, na realidade, era os jovens retirando do bico inferior, elástico e de enorme capacidade, os peixes que o adulto tinha recolhido.

GAIVOTA – do Espanhol gaviota, que veio do Latim gavia.

AVESTRUZ – veio do Latim avis struthios, de avis mais struthios, “avestruz” propriamente dito, do seu nome grego, strouthion, da expressão strouthios megale, “pardal grande”.

Os gregos também o chamavam de strouthokamelos, “pardal-camelo”, devido ao seu pescoço longo.

Resposta:

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