Fleuma não
Não tão raro me detenho e, meio às letras, devaneio. Pois que me ponho, em cheio, dia e noite a perguntar: seria mesmo, tal qual dizem, esta moda, a Medicina, mesmo a \”arte do cuidar\”?
Não se acanhe, caro amigo. Já me explico. Deixe estar.
Linha ou outra, acabrunha-me tamanho rigor vocabular. Lua cheia, fascinada, lua nova, a indagar: faz-se mesmo, ímpar, míster, tamanha pompa vocabular? Como de praxe, sem respostas, outra vez a escrevinhar.
Esse tal de \”prurigo estrófulo\” é de comer ou de tratar?
Resposta:
Céus, querida Doutora,
A comer não se atreva;
Este prurigo estrófulo
Não é flor que se cheire
Nem comida que se ingira.
Prurigo vem do Latim prurigo, “coceira”, de prurire, “coçar”; a outra, tão assustadora, do Grego strophos, “corda ou faixa torcida”, de strephein, “virar, torcer”.