Bate papo
Oi!
Pois é, fiquei entomológica graças ao Frei Tanajura do livro “Dia de São Nunca a tarde, Roberto Drummond”. Este personagem tinha pesadelos com os índios cintas largas e, nas pesquisas destes índios, vejam que interessante a ideia deles sobre a arte de dar nomes:
“O nome Cinta Larga é um designativo genérico criado pelos regionais e adotado pela Fundação Nacional do Índio (Funai), pelo fato do grupo vestir uma larga cinta de entrecasca de árvore em volta da cintura. Segundo as informações disponíveis, não é possível encontrar entre os Cinta Larga algo como uma auto-denominação, um termo geral para o conjunto do grupo – a não ser a alcunha “Cinta Larga”, adotada por eles em sua convivência com a sociedade brasileira. Não é possível sustentar traduções apressadas, como às vezes se vê, de expressões genéricas como “nós” ou “nossa gente”, que em língua Cinta Larga diz-se pãzérey (pã-, pron.pessoal, 1ª pss. plural; zét, gente, pessoa; -ey, plural). Os Cinta Larga são enfáticos ao dizerem: “A gente não chama, nome quem dá é os outros”. Em outras palavras, parece ser preciso um Outro para nomear esse Nós, aquele que, sendo exterior, delimita e designa o seu contrário.”
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Cinta_larga
… nos damos a conhecer pelos limites, pela sensibilidade do Outro, que é externo a nós…
Não é interessante este modo nomear?
Quis dividir isso com vocês,
Que como já externei aqui,
Estão sempre ampliando os nossos limites!
Que benção!
Abraços!
(Devaneios… não há limites… rsrs… perdoem-me!)
Resposta:
Nada temos a perdoar, antes a agradecer sua gentileza e intelectualidade.
Abraços.