Pergunta #1155
Bom Dia queridíssimo Sr.Dr.Tracinha do coração! Abraço Lisboa por você e envio o aroma desta cidade encantadora envolta de sete colinas com música no ar e história nas paredes. Paz!!!
Mais uma dica, minha casa está onde está à vista o soneto de Camões com as Ninfas do Tejo, dá para achar?! Afinal Amado Mestre, não posso revelar de todo o nosso “QG” da IEU aqui em plagas distantes, seria muito perigoso para a concorrência.
As de Hoje: GLEBA e “já agora” aproveitando as quadras natalinas a origem da palavra PRESÉPIO, faz mesmo jeitinho, poi não?!
Beijinho estrelar em cada anteninha; o seu panetone pode ser de papel do século XIX, tenho aqui alguns preciosos!
Com carinho da fã além-mar,
Selma
Resposta:
Prezada Selma:
Parece haver uma conspiração entre você e uma certa Diaconisa para deixarem as minhas pobres antenas cada vez mais agitadas. Se você não pararem com esses epítetos laudatórios e beijinhos, elas vão ficar muito convencidas. Não dá para trabalhar com elas se sacudindo todas.
Não, não consigo achar de 250 metros de altura sobre Lisboa o soneto de Camões com as ninfas (mas vejo que fiz bem em chamar você de “Tágide”).
Oriente-me seguindo as ruas que partem da avenida que sobe. Não se preocupe, que a IEU enviará seu braço armado para estabelecer um perímetro de proteção ao redor da sua morada, inclusive com baterias antiaéreas.
“Gleba” não mudou muito com os tempos: em Latim era GLAEBA, “pedaço de terra cultivado”.
E “presépio” vem do Latim PRAESEPIUM, “local cercado”, de PRAE-, “à frente”, mais SAEPES, “cerca”.
Aguardo ansioso um panetone de legítimo papel antigo, amaciado pelo tempo e pelas mãos estudiosas que folhearam o livro.