Pergunta #1464
Domingos José Gonçalves de Magalhães, no livro “Suspiros Poéticos e Saudades” de 1836: “… línguas vivas se enriquecem com o progresso da civilização e das ciências. Uma nova idéia pede um novo termo”.
Obrigada pelas respostas. Ao nomear as línguas latinas esqueci de citar todas as línguas românicas ou romances, que me interessam pelo que transmitem de História da Humanidade: romeno, dálmata, rético, italiano, sardo , francês, provençal, catalão, espanhol, galego e o português.Isto pq me leva adiante, no mesmo assunto (ó vício…!), a perguntar se o senhor acredita na versão de que alguns idiomas foram “esquecidos” pelos que os falavam, em virtude (ou desvirtude) das conquistas e consequente imposição de novas palavras pelos conquistadores.Acho difícil esquecer a língua-mãe – que fica impregnada – mas me parece que a ocupação por guerra ou a dominação de uma cultura por outra (no nosso caso o inglês) promove um “esquecimento” mais político que cultural. Com efeitos parecidos.Sabe-se então de algum idioma ou dialeto banido por imposição, com sucesso? Assim de morrer pra sempre, mesmo? Grata, abração da
ana.maria
Resposta:
Ana.Maria:
Alguns idiomas são realmente perdidos, e é alarmante o ritmo em que estão desaparecendo dialetos atualmente.
A língua-mãe não é esquecida pelo indivíduo; ela leva gerações sendo cada vez menos falada, sendo trocada por outra nas correspondências oficiais, ficando restrita a pessoas de mais idade na periferia do país e assim, com o tempo, desaparece mais uma manifestação cultural.
Em nosso próprio país diversos idiomas índios desapareceram nos últimos 5 séculos.
Programas que tentem forçar o desaparecimento rápido de um idioma já encontram maiores dificuldades. O Euskera (Basco), por exemplo, foi proibido pela ditadura de Franco na Espanha, mas agora está florescendo, apesar de ser um dos idiomas mais difíceis do mundo.
O que vale mesmo para acabar com uma língua são os movimentos de ordem econômica.