Pergunta #2875
Agora eu vou falar sério. (Chega de bagunça aqui, Me-ni-na!)
Prof, sempre quis saber a respeito daqueles nomes medonhos dos princípios ativos dos medicamentos. Sei que é uma infinidade, então vou pedir só 2 para não tirar Sua Tracelência do sério. Pode ficar tranquilo que não é trabalho de escola.
“METOCLOPRAMIDA”, “HIDROXI PROPIL METILCELULOSE”. (tive que separar as sílabas para o site aceitar, ele vive desconfiando de mim!)
Como será que eles contorcem os neurônios para inventar uns nomes desses?
Resposta:
Diaconisa-Mor:
Ainda bem que você está sempre com a Tia Odete na mente agora. Ela é um breve contra o relaxamento lingüístico.
“Pedir só dois”??? Olha só o que você me arranjou.
“Hidroxi propil metil celulose” tem as seguintes origens:
“Hidroxi” – indicador do grupo hidroxila, de HYDR-, para Hidrogênio e OX- para
Oxigênio.
“Propil” – indica o radical monovalente CH3-CH2-CH2- e vem do Grego PRO-, “antes”, mais PÍON, “adiposo, gorduroso”.
“Metil” – representa o radical CH3- e vem do Grego METHYS, “bebida fermentada”, mais HYLE, “madeira”, pois o álcool metílico era extraído da madeira.
“Celulose” – cunhada em 1835 por Anselme Payen do adjetivo CELLULOSE, “formado por células”, do Latim CELLULA, diminutivo de CELLA, “local fechado”.
Em “Metoclopramida” encontraremos o “metil”, “cloro” e “amida”, esta derivada de “amoníaco”. O “PR” fico devendo!
Mas o que torna os nomes de Química Orgânica mais medonhos é o fato de que, quando ela se organizou, no séc. 19, foi principalmente na Alemanha.
Lá os nomes são montados por aglutinação, isto é, vão sendo encadeados que nem trenzinho, resultando em palavras quilométricas.