uma coisinha boba

Digam-me uma coisa (não tem nada a ver com etimologia, mas é que admiro tanto vocês…). Sabem, eu venero muito quem tem o hábito de ler. É claro, no entanto, que não faço referência, aqui, aos livros de massa, aos best-sellers. Falo dos clássicos, dos imortais, dos eternos, como Saramago, Kafka, Freud, Dostoiévski, Sartre, Shakespeare, Assis, Balzac e Pessoa, entre tantos outros que não tenho memória suficiente para lembrá-los todos. Minha vontade é de ler o tempo inteiro, mas – paradoxalmente – não gosto de ler. Queria passar horas e horas lendo, mas me aborreço facilmente. Canso-me rapidamente, perco a atenção, distraio-me como uma criança. Sinto-me um tolo por isso – por que não dizer analfabeto? Não sei o que faço. A literatura seria, ao menos para mim, uma fuga à realidade monótona, mas me parece uma atividade impossível, infelizmente, que nunca poderá ser, em vida, realizada, ao que parece. Dizem que, lendo, adquiriria o hábito de ler. Talvez seja verdade. Alguma sugestão, ainda que aparentemente estúpida?

P.S.: adoro o jeito como vocês escrevem: correto, conciso, perfeitamente adequado às normas padrões da língua, sem uma vírgula fora do lugar (eventuais deslizes são perfeitamente aceitáveis).

Resposta:

Prezado Frustrado Qualquer: aqui na Redação não estamos acreditando que alguém que escreve tão bem e que conhece autores quase misteriosos em nossos dias não consiga ler muito. De onde então você teria arranjado essas qualidades?

Agradecemos seu belo elogio e nos desculpamos pelos nossos erros ao digitar, pois somos muito ruins nisso.

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