Crimes [Edição 46]
Existe um nome para tudo, inclusive as malfeitorias que os seres humanos fazem uns com os outros.
Lidaremos agora com as origens das palavras que designam essas coisas feias.
Lembrem-se, não tentem fazer isso em casa. Nem fora dela.
CRIME – do Latim crimen, “ofensa, acusação”, de cernere, “escolher, decidir, separar”, da base Indo-Européia krei-, “peneirar, discriminar, distinguir”.
ROUBO – do antigo Francês rober, do antigo Germânico raub, “romper, quebrar”. Provavelmente eles estavam acostumados a quebrar as cabeças que estivessem no caminho sempre que resolviam se apoderar ilicitamente de algo.
FURTO – do Latim furtum, “objeto roubado, atividade ilícita, roubo”, de fur, “ladrão”. Em certa época, a palavra fur foi aplicada ao Diabo, por ser ele um ladrão de almas.
ASSALTO – veio do Latim adsaltus, “ataque, assalto”, de adsalire, formado por ad-, “a”, mais salire, “saltar, pular sobre”.
PUNGA – do Lunfardo, dialeto dos malandros de Buenos Aires, derivado do Italiano meridional punga, “bolso”.
CLEPTOMANIA – do Grego kleptes, “ladrão”, de kleptein, “roubar, agir em segredo”, mais mania, “loucura”.
SEQÜESTRO – veio do Latim sequester, “mediador, pessoa de confiança”, do verbo sequi, “seguir”. Pelo fim do século XV mudou o sentido para “apossar-se por meios autoritários, confiscar”.
PLÁGIO – do Grego plagion, “inclinado, o que usa métodos oblíquos, não corretos”.
PIRATA – deriva do Grego peirates, “assaltante, ladrão”, de peiran, “atacar, hostilizar”.
CHANTAGEM – vem do Francês chantage, “obter dinheiro mediante ameaça”, de chanter, “cantar”, do Latim cantare, “cantar”. Primeiro foi usado no sentido de “ceder a elogios” e depois como “atender a pressões ilícitas”.
FRAUDE – deriva do Latim fraus, “engano, mentira, ofensa”.