Palavra patoá

Gíria e Companhia

 

X-8 está no seu escritório desarrumado e empoeirado. Tudo ali dentro dá a curiosa sensação de ser em preto e branco. A luz forte do cartaz logo ali fora da janela entra de lado, causando sombras estranhas, dignas de uma história do “Spirit”, desenhadas por Will Eisner.

Ele aguarda a sua clientela. Espera, como uma aranha em sua teia, que chegue uma palavra angustiada, em crise existencial, desesperada por saber a sua origem. Por encomenda dela ele tecerá, então, uma rede de conhecimentos que envolverá a mente dela como um casulo protetor.

– Hum. Boa, a imagem – pensa ele, ponderando se a deve anotar para um eventual uso no futuro.

Todas as palavras que aparecem lá são assim: ansiosas, com tempo suficiente para arranjar preocupações desta ordem, com dinheiro bastante para pagar as quantias exorbitantes que ele cobra.

Além disso, são insopitavelmente românticas: apreciam tremulamente aquele ambiente que o detetive tem ao seu redor, com todo aquele aspecto de roman noir. Ali elas se sentem como se estivessem estrelando um filme policial antigo, com um detetive frio, misterioso e seguro de si, num lugar perigoso e cheio de emoções.

O edifício de X-8 se situa propositadamente num bairro que é o subproduto dos restos da escória da imundície da cidade. O lado psicoterapêutico do detetive o fez escolher um lugar difícil: assim a palavra estará fazendo um esforço inicial que já é parte dos resultados finais. Ou pelo menos foi isso que ele entendeu na época em que se tratava.

Lá está ele, então, sentado à escrivaninha, esperando que um palavra cliente bata discretamente à porta e entre timidamente, recatada, quase pedindo desculpas por existir…

De repente, uma gritaria na rua, três andares abaixo, lhe chama a atenção.

– Bêbados – pensa. O que, na verdade, é estranho, já que a zona é tão, mas tão ruim que nem os bêbados se atrevem a ir ali. Mas não há outra explicação. Uma pessoa sóbria faria tudo para não chamar a atenção num lugar assim. Aliás, faria tudo para não freqüentar um lugar assim.

Os gritos se aproximam. Em poucos minutos fica evidente que os responsáveis por eles entraram no edifício comercial onde fica a sede de X-8. Pensa ele:

– Hum. Será que a vizinhança está piorando? Isto costuma ser tão tranqüilo, com os contrabandistas no andar de baixo, as moças no de cima, os rapazes mais acima ainda, os depósitos dos camelôs no primeiro andar, as cartomantes espalhadas… Enfim, ainda bem que eu não tenho nada com essa gritaria.

Os berros param. Ou os responsáveis resolveram se aquietar ou estão tentando se orientar nos corredores sujos, lendo as placas pouco visíveis nas portas, sob a luz das esparsas lâmpadas de 25 watts que parecem mais escurecer do que iluminar o ambiente. O detetive se sente aliviado. É bom ouvir a paz voltar.

Ouvem-se uns cochichos do lado de fora da sua porta.

Ela é aberta de sopetão. Entram por ali três palavras aos gritos, empurrando-se e dando cotoveladas. Fecham a porta e continuam se xingando, lutando cada uma pelo direito de ser a primeira a falar, sem nem olhar para o dono da sala.

Mas X-8 sabe se impor em situações assim. Frio, imperturbável, com um olhar gelado que infelizmente não é visto pelo público porque a aba do chapéu e a gola levantada da gabardine ocultam o seu rosto, ele se levanta.

É um movimento lento, majestoso, que chama a atenção e impõe respeito. Ele sabe bem disso, pois o ensaiou na frente do espelho dezenas de vezes.

Ao terminar de se erguer, ele percebe que as palavras estão tão ocupadas brigando junto à porta que não notaram a sua performance. Disfarçadamente ele se senta, aguarda um pouco e se ergue outra vez. Nada ainda.

Senta-se. Conta até dezessete e se levanta, agora mais rápido, num gesto de indignação e apoiando-se com os punhos fechados sobre a mesa.

A briga continua. É como se ele não existisse.

Outra vez sentado, resolve usar da sua voz cortante para encerrar a questão.

Essa voz ele também tinha treinado muito com um gravador de fita. Sabia, sem falsa modéstia, que podia falar de um modo que gelava o sangue nas veias de palavras e pessoas. Sibilou, o veneno transparecendo em cada sílaba:

– Todo o mundo quieto!

Sem resultado. Sua voz mais assustadora nada pôde contra o volume das vozes das três palavras em discussão.

– Bem, vamos improvisar – pensa.

Vai até à pesada cortina da janela e a fecha, cortando a entrada da luz.

Um silêncio surpreso toma conta da sala enegrecida.

– Se quiserem consultar comigo, aquietem-se e falem por ordem alfabética! – Ele sabe que está no sangue das palavras atender à ordem alfabética. Elas simplesmente não resistem a uma determinação dessas.

– S-sim, senhor! – ouve-se uma voz hesitante.

Ele abre a cortina e se dirige à cadeira giratória de madeira atrás da escrivaninha, acomodando-se. Coloca as pontas dos dedos umas contra as outras e olha para os olhos das palavras, agora confusas e meio envergonhadas.

Com um gesto, convida-as a sentar.

Uma delas, Dialeto, senta numa cadeira; a outra, Jargão, num banquinho, ao seu lado. A terceira, Gíria, pega uma pilha grande de jornais dum canto e se acomoda precariamente sobre ela, a cabeça mal aparecendo sobre o nível da mesa.

X-8 não havia pensado em atender grupos quando decorou seu escritório. Agora, com os negócios se expandindo, talvez ele tivesse que comprar um banco usado de alguma churrascaria de bairro.

Ele se volta para Dialeto, que sabe que vai ser o primeiro a falar, e faz um olhar interrogativo. A palavra desanda:

– Chê vivente, tu que é o famoso detetive do palavreado, né? Não repara o reboltijo, mas é que estes dois abombados vieram comigo até aqui na tua biboca que era prá te fazer umas preguntas mas são mais balaqueiros que outra coisa; eu é que queria abrir a graxeira que é prá não deixar eles atocharem muito, que senão adeus tia chica prô nosso pobrema, mas estas duas figuras que parecem muito pitucos mas mais de perto são mais grossos que dedão destroncado, querem fazer tudo a prêpo, os muito chambão, e eu direto digo pra eles afloxa, afloxa! mas que nada, eles não se acalambram e eu fico tri-amolado com isso, que eu não sou palavra de andar às brinca, sou sério que nem cusco em bote e acho brabo confiar numa dupla de bagaceiros escronchos desta laia que tudo o que querem é cristiar os outros e aí não dá pra se descuidar nem pra ir no bateclô que nem aquela vez que a Fulustreca, minha sobrinha levada da breca – não pense que esse é o nome dela mesmo, é só apelido, que a minha irmã não ia aceitar uma coisa dessas, se bem que se dependesse do pai dela, o mui sotreta, era bem capaz de…

Pááára senão eu te mato! – berrou Jargão, conseguindo cortar aquela torrente, e se voltou para o detetive:

– Seu X, o Dialeto aqui presente, hoje no modo fronteiriço do sul do Brasil, é um caso típico de narcisismo quase delirante, uma verdadeira folie seule. Sua personalidade distorcida, junto com uma tremenda falta de insight e evidentes toques de paranóia, o faz acreditar numa situação fantasiosa em que o falar tudo resolve e, acima de tudo, só a ele pertence, apresentando-se a priori ameaçador se exercido por outrem. A fabulação inconseqüente é um dos traços mais característicos no caso dele, em que o caos mental é tão avassalador que a comunicação interpessoal através dos vocábulos não consegue acompanhar os erráticos e improdutivos caminhos de uma mente perturbada. Vista superficialmente, a sensação é de manifestação maníaca; no entanto, para quem tem experiência prévia com uma mente deste tipo, fica claro que uma situação parental mal resolvida se encontra na
gênese de…

Parôôô!! – o grito de Gíria fez com que todos se encolhessem e calou Jargão – Não dá mais para agüentar este mala sem alça!

Voltou-se para o detetive:

– Seguinte, doutor, para clarificar as coisas, estes dois aqui acham que só porque sou mais da malandragem, mais do povão, eu não posso me comunicar, que só consigo é me trumbicar. Mas não tão com nada não, mano, que essa dupla de Zé Mané aqui não manja coisa alguma de nada e ainda se mete de pato a ganso e desse jeito não rola o que a gente tá afim…

Desta vez X-8 conseguiu colocar em ação seu Levantar Imponente. Com isso aquietou as irritadas palavras. Caladas, elas olharam para o homem alto e dominador que se erguia ante elas.

Claro que não sabiam que um pequeno estrado debaixo dos pés dele ajudavam um tanto naquela imponência.

– Agora, sem verborragia inútil: vocês querem saber as suas origens, certo?

– Sim e não! – responderam elas em coro.

X-8 estremeceu. Essa era uma respostas que ele mais detestava, pois geralmente levava a voltas intermináveis. Disse ele:

– E que mais vocês querem além das origens?

Jargão se adiantou:

– Nossas mentes, já de si complicadas, padecem de certa confusão entre nossos significados. Há quem nos contrate para querer dizer ora uma coisa, ora outra…

– Taí. Falou pouco e falou bem, parceiro – disse Gíria.

Dialeto estava em grande emburramento, de braços cruzados e olhando para a parede, aparentemente com a firme decisão de não colaborar para resolver coisa alguma.

– Já entendi. Muitas vezes as pessoas não sabem citar vocês no contexto certo. Daí que vocês, além de quererem aprender alguma coisa sobre suas origens, querem desfazer a confusão. É isso?

As palavras assentiram e, antes que elas recomeçassem a discutir, o detetive lhes entregou um folheto com a sua tabela de preços:

– Analisem e digam se aceitam. O pagamento é em dinheiro, metade agora e metade na entrega.

As palavras foram para um canto, horrorizaram-se devidamente com os preços tão salgados, mas concordaram. Agora que o detetive tinha esclarecido a que tinham vindo, estavam mais calmas.

Entregaram a metade do pagamento, combinaram de voltar quando o famoso detetive chamasse e saíram.

X-8 respirou fundo, aliviado por não ter que ouvir aquele matraquear incessante. O seu amor às palavras era grande; justamente por isso ele não gostava de ouvir jorros inúteis de vogais e consoantes.

Relaxou um pouco, com os pés para cima da escrivaninha, para deixar se esvaírem os eflúvios da confusão recente .

Depois se levantou, pegou a sua caneta-tinteiro de mais de 50 anos, o bloco de papel creme bem liso, aquele que dava um gosto especial de escrever com tinta líquida, e se dirigiu aos livros da estante.

Duas semanas depois, ele recebia as suas três clientes. Percebeu que elas estavam chegando ao prédio pela gritaria enquanto ainda estavam na calçada. Apurou os ouvidos e distinguiu:

– Qual é, gente! Eu é que vou pegar o bagulho e abrir! Quem tem canivete sou eu!

– Mas chê! Te ficha no que tu diz! Logo tu, que fala pior do que louro de venda!

– Por favor, voltem à relidade! Encastelar-se no princípio do prazer empobrece um ego!

Minutos depois, quando elas deixaram a escada cheia de pedaços de papel e garrafas de plástico e desembocaram no andar de X-8, encontraram-no em pé do lado de fora da porta. Esquivaram-se das caixas de papelão vazias do corredor e chegaram junto ao famoso detetive, que não aparentava estar com muita paciência para crises histéricas.

A figura em pé, silenciosa, envolvida na gabardine cor de palha, o chapéu bem enfiado na cabeça, ressumava impaciência e inspirava respeito.

Ao ser avistada pelas três palavras, estendeu as mãos enluvadas em couro preto. Uma delas segurava um envelope pardo meio amassado. A outra se estendia com a palma para cima, um gesto simples mas tão magistralmente feito, com tão estudada disposição de ossos, músculos e tendões que, mesmo encoberta pela luva, obviamente dizia:

– Se não me passarem agora o dinheiro que vocês me devem e saírem no maior silêncio, vou rasgar este envelope e processar vocês por danos morais a um profissional que não veio ao mundo para brincadeiras e vou enfiar as três na cadeia, que é para aprenderem a não malgastar o tempo alheio!

As palavras, que estavam se aprontando para uma nova briga para ver quem iria pegar, abrir e ler em voz alta o documento de X-8, se aproximaram bem quietinhas. Jargão depositou uma quantia em dinheiro na mão estendida, enquanto Dialeto pegava o envelope e Gíria dizia:

– Falô!

Retiraram-se em silêncio, seus passos leves espantando os ratos e as baratas do piso. Desceram as escadas em silêncio, até à calçada, e cruzaram a rua.

Ali se aprestaram para recomeçar a briga, quando Gíria apontou para uma janela do prédio que acabavam de deixar.

Numa janela do terceiro andar se distinguia o vulto do detetive, que encarava as suas clientes com um ar de óbvia irritação, que ele conseguia transmitir mesmo totalmente oculto pela sua roupa profissional.

As clientes abriram ali mesmo o envelope, bem quietinhas e cooperando perfeitamente entre si, e seguiram caminhando pelas calçadas enquanto liam os papéis datilografados em máquina de escrever antiga:

DIALETO

Esta palavra se origina do Grego DIALÉGESTHAI, “conversar, falar”. Ela se compõe do prefixo DIA-, que aqui quer dizer “um com o outro, recíproco”, e LÉGEIN, “falar”.

Inicialmente, DIALÉKTOS queria dizer “discurso, conversação”; seu sentido mais tarde se alterou para “modo de falar” e depois se fixou no sentido de “fala própria de uma localidade”, através do Latim DIALECTUS.

Da mesma fonte temos, em nosso idioma, “Diálogo”, uma palavra que se refere a uma conversação entre pessoas.

JARGÃO

A origem desta palavra não está de todo definida. Há fontes que apontam para o Italiano GERGO, que se teria derivado do Grego HYERÓS, “sagrado”. Assim, LINGUA GERGA seria “a linguagem dos iniciados”.

Atualmente ela é usada no sentido de definir o palavreado próprio de uma atividade, seja uma profissão, um esporte, uma arte. É natural que, entre aqueles que exercem a mesma ocupação, surja um uso de vocábulos envolvendo siglas e noções mais habituais para eles, de modo a abreviar e tornar mais rápido o entendimento.

Infelizmente existe o perigo de uma pessoa querer usar com todos os seus contatos o jargão da sua atividade, o que acaba tornando-a uma chata, seja porque ela não sabe se adaptar às circunstâncias sociais, seja porque deseja se exibir.

GÍRIA

Esta palavra que se aplica ao falar pouco culto mas não exclusivo de um local ou atividade também tem origem obscura. Há quem diga que vem de “Girar”, no sentido de “alterações de um idioma surgidos na prática vulgar”. Neste caso, tratar-se-ia de um descendente do Grego GÝROMA, “bola, redondo, encurvado”, através do Latim GIRARE, “dar voltas”.

Muitos outros, no entanto, atribuem a sua origem à mesma de jargão.

Efetivamente, o Espanhol tem a palavra JERGO, descendente do Francês JARGON. Ela significa “palavreado próprio dos praticantes de um ofício”, assumindo assim o mesmo sentido de jargão em Português.

O Espanhol apresenta a palavra JERIGONZA, com o mesmo sentido, incluindo também os sentidos de “linguagem difícil de entender” e “ação ridícula ou estranha”.

Esta palavra, por sua vez, originou o Português GERINGONÇA, inicialmente com o sentido de “confusão, fala ininteligível, objeto de nome desconhecido”. Atualmente o seu sentido se fixou em “objeto estranho, de funcionamento incerto”.

Para benefício das estimadas clientes, comento também,
sem custo, outras palavras que surgem freqüentemente em textos e se relacionam com algumas de suas conotações.

Uma delas é o Espanhol GERMANÍA, que vem do Latim GERMANUS, “irmão”. Designa a linguagem de marginais e ladrões e foi feita a partir da noção de que eles se deviam unir como irmãos contra a lei e as normas sociais.

Outra é ALGARAVIA, “fala incompreensível”. Ela provém do Árabe AL-ARABYYA, “o idioma árabe”. Para os antigos habitantes da Península Ibérica, o idioma dos invasores parecia impossível de entender. Isso não durou muito, parece, pois tanto o Espanhol como o Português agora se encontram eivados de palavras de origem árabe.

E quando a gente não entende PATAVINA do que alguém disse? Pois o responsável por isso foi Tito Lívio, historiador romano nascido em 64 A.C., que escrevia usando muitas palavras do dialeto da cidade onde nascera. Esta cidade hoje se chama Pádua, mas naquela época era conhecida por PATAVIA. Ele era, portanto, um PATAVINUS, e esse adjetivo acabou sendo usado para textos ou conversas difíceis de entender.

Em pouco uso, mas ainda válida, temos em nosso idioma a palavra patoá. Ela é aportuguesamento do Francês PATOIS, que tem o mesmo significado de dialeto. Deriva de PATRIUS, do Latim SERMO PATRIUS, “discurso no idioma de origem”.

Para se dizer “linguagem própria de um grupo” podemos usar a palavra calão. Ela vem de uma palavra cigana, CALÓ. Esta quer dizer “negro”, e era usada em relação aos ciganos da região sul da Espanha, que eram mais morenos que os outros.

Uma palavra francesa que às vezes entra em nosso textos é ARGOT. Tem o mesmo sentido de jargão; parece derivar de HARGOTER, “brigar”, que por sua vez vem de HARIGOTER, “partir em pedaços”.

O Inglês tem o SLANG, com o sentido de gíria. A origem da palavra é incerta; alguns a aproximam do Norueguês SLENG, “linguagem ofensiva”.

Há uma espécie de gíria que pertence aos nosso irmãos argentinos: é o lunfardo. Primitivamente era uma linguajar próprio de ladrões e marginais (tanto que a palavra ainda é usada para designar um ladrão), passando depois a ser uma forma lúdica de uso do povo.

A origem da palavra seria o topônimo lombardo, uma das numerosas regiões da Itália de onde emigraram pessoas para formar a nação argentina.

Uma das palavras do lunfardo que usamos, por exemplo, é otário.

Este nome designa o mamífero pinípede que conhecemos por foca. As otarias que chegavam às terras argentinas seguindo as correntes do Atlântico Sul não eram ariscas e permitiam a aproximação dos seres humanos, interessados em abatê-las para aproveitar as peles.

Essa docilidade e desatenção com o perigo fez com que pessoas desavisadas passassem a ser chamadas de otárias, o que se espalhou para o idioma do Brasil.

O nome otaria em si vem do Grego hydor, “água”, dado que elas passam grande parte da vida nesta.

As palavras clientes se afastavam, comportadinhas, lendo o texto, absortas no seu conteúdo.

X-8, desde a sua janela as olhou até virarem uma esquina. Para variar, sentiu-se satisfeito consigo mesmo. Mas não pôde evitar uma certa inquietação: por enquanto ele era jovem e vigoroso. Mas, e se ele morresse um dia? O que seria das palavras?

Resposta:

Origem Da Palavra