Palavra vulgo

Uso sa palavra “vulgo” nas fichas de criminalistica

Palavras: vulgo

Olá!
Em primeiro lugar vou pedir desculpas se meu português tem erros. Sou Argentina e ainda estou tentando melhorar meu português.
Estou fazendo uma pesquisa sobre uma artista brasileira (Rosângela Rennó) e ela toma a palavra “vulgo” do arquivo criminalístico da Penitenciara de Carandirú.
Minha dúvida tem a ver com o uso especifico da palavra na linguagem policial ou da criminalística, se é que ele existisse. Sobretudo porque essa palavra aparece como um dos dados das fichas do arquivo. Além disso um amigo brasileiro diz para mim que as vezes pode se usar com o sentido do “apelido”, Isto é correto?
Muito obrigada por adiantado,
Saudações.

Resposta:

Bienvenvida, Cecilia. Mis felicitaciones, su texto se muestra perfecto.

Vulgo vem do Latim vulgus, “gente comum, multidão”, com um significado muito semelhante ao de plebe. Daí derivou o adjetivo vulgar, “de qualidade inferior, de mau gosto”.

Também pode ser usado como sinônimo de “apelido, apodo”.

Não parece haver uso que seja característico das áreas que você cita, ela é usada em qualquer tipo de texto.

BAIXARIAS

 

Muitas vezes as pessoas sentem vontade de manifestar uma opinião pouco elevada sobre um grupo, seja ele um time rival, o partido oponente ou coisa parecida.

Nesse caso são usadas palavras de tom pejorativo, o que muitas vezes leva a discussões e coisas piores. Hoje lidaremos com as origens de algumas delas, recomendando que se pense nas consequências de um eventual uso.

 

RALÉ  –  aventa-se que venha do Francês ralée, “ida, partida”, em relação a uma ave de caça. Depois se teria aplicado à presa dessa ave e o significado daria ainda um passo, que seria o de designar os criados que desempenhavam as tarefas de lidar com as aves de caça.

 

ARRAIA-MIÚDA  –  vem do Árabe ar-rahya, “rebanho” e, por extensão, “povo, plebe”. A palavra  miúda está aí como intensificativo da ideia de “insignificante, sem valor”.

 

ESCÓRIA  –  do Grego skoria, “restos, resíduos” derivado de skor, “fezes, excremento”. Este desaforo é dos bons.

 

GENTALHA  –  de gente, do Latim gens, “povo, família, população”,  mais o sufixo pejorativo –alha, que veio do Latim –alia ou  -acula, um formador de substantivos femininos.

 

PATULEIA  –  aparentemente vem de patola, “tolo, pouco inteligente”, um derivado de pato, ave que ainda não conta com nenhum Prêmio Nobel entre suas hostes.

 

POVARÉU  –  do Latim populus, “povo, gente”.

 

PLEBE  –  do Latim plebes, “povo, pessoas sem distinção que formavam as camadas mais baixas da sociedade”. Usa-se muito em oposição à ideia de “nobreza” ou de “elite”.

 

VULGO  –  do Latim vulgus, “gente comum, multidão”, com um significado muito semelhante ao de plebe. Daí derivou o adjetivo vulgar, “de qualidade inferior, de mau gosto”.

 

BANDO  –   do Latim bandus, “grupo de pessoas que foram banidas de um lugar”, isto é, que sofreram um ato legal de expulsão por seus crimes.

E banir vem do Germânico bannan, “proclamar, proibir, ordenar” e originalmente queria dizer “declarar em público”.

Deriva da base Indo-Europeia bha-, “falar”. O sentido evoluiu no Germânico de “falar” para “proibir, expelir, impedir” e passou ao nosso idioma através do Francês banir, “proclamar, condenar ao exílio”.

 

CANALHA  –  usa-se mais como desaforo individual, mas tem também o sentido de “grupo de gente desprezível, infame”. Vem do Latim canis, “cão”. Este, coitado, é o melhor amigo do homem mas tem que aguentar todos esses desaforos.

 

CÁFILA  –  do Árabe qâfila, “caravana”. Era comum as caravanas serem compostas por indivíduos de moral duvidosa, daí a fama.

 

SÚCIA  –  é uma alteração de sociedade, com intenção difamatória.

 

CORJA  –  do Malaio horchchu, “vintena”. De um designativo numeral passou a ser usado para uma quantidade de gente de baixo nível, mal-intencionada.

 

ESCUMALHA  –  do Frâncico skum, “sobrenadante, material que vem à tona ao se ferver algo”, com mistura do Latim spuma, “espuma”. Trata-se de material indesejável, que deve ser retirado e desprezado, o que proporciona um boa metáfora.

 

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