Laryssa

Palavras: freático

Eu não acredito. Simplesmente não acredito. A condição humana constitui-se essencialmente da violência, da avidez, da ignorância, do fanatismo, e nela não cabe o amor. Esse amor de que você fala serve, antes de tudo, para que não se murche aquela construção histórica, antes frágil que perene, que fizemos do mundo ao arquitetarmos os modelos mais primitivos, rudimentares de comunidades, ainda que tribais. Afinal, que seria do próprio homem sem o outro para ajudá-lo a saciar seus instintos mais animalescos? Ele precisa do outro, mas, ao mesmo tempo em que sente toda essa necessidade de uma companhia, também deseja sobrepor seus interesses aos gerais, reduzindo-se a coisa alguma, a nada, a ele mesmo. Ou as coisas não funcionam assim, ou a vida é um mar de flores? Como mais ou menos diria Marx, um autor com o qual eu não simpatizo, a história da humanidade tem sido a história de lutas. Ninguém verdadeiramente escuta ninguém, ninguém se preocupa com ninguém senão consigo próprio. Quanto ao amor de mãe e filho, que você mencionou, talvez se trate, naturalmente, guiando-se por um raciocínio mais biológico, de um sentimento que se estabelece entre os dois a fim de que se dê continuidade à espécie, aos animais que genuinamente todos nós somos. Sou insuportável, eu sei. Só tenho a agradecê-la por ser a única a me aguentar. Por enquanto.
E isso aqui não tem nada a ver com autoajuda. Não quero conselhos. Mas… uma coisa me impressiona: todo mundo fala em lençol freático, mas ninguém perguntou até hoje de onde vem FREÁTICO. De onde vem?

Resposta:

Freático vem do Grego PHREAR, “poço artificial”.

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