Pergunta #3046

Professor, requisitei a planta da biblioteca da minha universidade para arquitetar o roubo do século. Mais um ou dois anos e estarei pronto para executá-lo. Gostaria, porém, de saber: em caso de fracasso, é possível chegar ao Diaconato estando na prisão?

Como os cães farejadores parecem ter perdido a minha trilha, acho que não tem problemas revelar o curso que faço. Adianto, porém, que todos os preconceitos que eventualmente tenham sobre esse profissional devem ser abolidos para que não me expulsem do fórum alegando incapacidade de escrever e interpretar decentemente um texto! Combinado? Tá bom, talvez eu tenha exagerado um pouquinho. Sou graduando em Engenharia de Controle e Automação (precisa explicar o que é?).

As palavras de hoje são:

1) Veemência (ou seria veemente?)
2) Sereno
3) Escola
4) Recordar (ou o “re” é prefixo?)

Estou tentando retirar todos os prefixos e sufixos antes de enviar as palavras, mas adianto que eles não são óbvios para mim como você disse! Tudo bem que o “des” de descumprimento foi falha minha, mas a maioria deles ainda não sei. Tem alguma seção já publicada que fala sobre os principais prefixos e sufixos e suas origens?

Resposta:

Tiago:

Todos os nossos fiéis devem estar com as fichas policiais absolutamente limpas para sua ascensão funcional.
Isso significa apenas que você não pode se deixar apanhar.

Como você já citou os preconceitos terríveis e inverídicos sobre sua profissão X interesse por leitura, nada direi.
Apenas que este mundo reserva ainda agradáveis surpresas…

O fato de ter requisitado a planta da Biblioteca não depõe muito a favor da sua inteligência criminosa.
Começo a me preocupar. Por ora, fique lavando carros que é melhor.

1) De VEHEMENTIA, “uso enérgico de algo,movimento brusco”, de VEHEMENTIS, “violento, ardente, enfático”.

2) De SERENUS, “claro, calmo, pacífico”, origem desconhecida.

3) Do Grego (viva!) SKHOLÉ, primeiramente “folga, tempo para repouso”, depois “discussão ociosa, papo furado”, depois “local para essas conversas”. Os gregos consideravam que dessas discussões muitas vezes nascia o conhecimento.

4) De RECORDARE, “trazer de novo à memória”, formado por RE-, “outra vez”, mais COR, “coração”, que era julgado a sede da memória.
Daí a expressão “saber de cor” em nosso idioma e TO KNOW BY HEART em Ingês.

Em que confusão lançamos o nosso Engenheiro! Não temos nada aqui sobre os prefixos e sufixos. Por ora, navegue entre esses escolhos. Vamos ver.

Origem Da Palavra