A maioria de nós vive, trabalha e se diverte em casas, edifícios, prédios de todo tipo.
Poucos de nós percebem que um dia eles foram construídos e que, para isso, foram empregados materiais dos mais diversos.
Hoje veremos as origens dos nomes de alguns deles.
CIMENTO – do Latim caementa, “lascas de pedra usadas para fazer cimento”, de caedere, “quebrar, partir, romper” (também “matar”). Inicialmente relacionada a “pedras quebradas”, depois passou a significar “pó de pedras” que, misturado com água e areia resulta em nosso valioso elemento para construção.
CONCRETO – do Latim concretus, particípio passado de concrescere, “crescer em conjunto, aumentar por processo de agregação”, formada por com-, “junto”, mais crescere, “aumentar, crescer”.
Inicialmente designava o que tinha existência real, o que era palpável, sólido. A partir de 1834 passou a ser usado para o material de construção.
CAL – do Latim calx, “pedra calcárea”. Note-se que os romanos tinham outro significado para a mesma palavra: era o de calcanhar.
Destarte, essa palavra originou, a partir do primeiro sentido aqui citado, o nome do elemento cálcio e seus derivados (calcita, calcinose, calcificar). E do outro veio recalcitrar, “escoicear, teimar, resistir a uma ordem”.
GESSO – do Latim gypsum, “gesso, giz”, possivelmente do Hebraico gephes, “gesso”.
MADEIRA – ela é usada mesmo em prédios de alvenaria, para construir as formas onde será vertido o concreto.
Vem do Latim materia, “substância de que é feito um objeto físico”, bem como “a parte interna de uma árvore”, possivelmente relacionada com mater, “mãe, fonte, origem”.
COMPENSADO – esse nome foi dado a partir do Latim compensatus, particípio passado de compensare, “pesar, equilibrar, distribuir o peso”, formado por com-, “junto”, mais pensare, “pendurar para avaliar o peso de um objeto”, de pendere, “pendurar, pesar”.
Isso porque a peça, por ser feita de várias camadas finas de madeira em disposições diferentes, compensa as torções naturais do material.
FERRAGEM – as peças de ferro que dão firmeza ao concreto são de ferro, do Latim ferrum, “ferro”. Muito provavelmente deriva do Indo-Europeu bhars, “ser firme, rígido”.
VIDRO – sem ele, a luz do dia não entra em nossos prédios. Veio do Latim vitrum, “vidro”, originalmente o nome de uma erva da família da mostarda, de cujas folhas se extraía um pigmento azul.
Os objetos de vidro inicialmente eram de um azul-esverdeado em Roma; o material passou a ser transparente com o aprimoramento das técnicas de fabricação em torno do século I de nossa era.
TIJOLO – do Espanhol tejuelo, diminutivo de techo, “teto”, do Latim tegere, “cobrir, revestir”.
TELHA – também deriva de tegere.
AZULEJO – do Árabe az-zulaiji, “pedrinhas lisas”. Portanto, nada a ver com a cor azul.
AREIA – sem ela, não há cimento nem concreto. Do Latim arena, derivado de areo, “ser árido, seco, sem água”.
PREGO – do Latim plicare, “dobrar, enroscar”. Parece meio estranho, mas se pensa que o raciocínio por trás disso é que o prego como se enrosca na madeira e passa a fazer parte dela.
ESQUADRIA – são indispensáveis para fazer aberturas, como janelas, portas e respiradouros. Vem do Italiano squadro, o nome do instrumento que era usado para medir ângulos retos, do Latim quadrus, “quadrado, partido em quatro, em ângulo reto”, de quattuor, “quatro”.
CANO – do Latim canna, “cana, planta que tem talo cilíndrico”.
FIO – sem eles, nada de telefone e de Internet. Veio do Latim filum, “fio, fibra, corda”.