Origem de palavras
Qual a etimologia da palavra “homenagem” da qual deriva “homenagear”?
Resposta:
Ela vem do antigo francês homage, “demonstração de respeito pelo seu senhor feudal”, de homme, “homem”, que vem do Latim homo, idem.
Qual a etimologia da palavra “homenagem” da qual deriva “homenagear”?
Ela vem do antigo francês homage, “demonstração de respeito pelo seu senhor feudal”, de homme, “homem”, que vem do Latim homo, idem.
O famoso Detetive Etimológico está sentado em seu escritório de mais puro estilo Anos Cinqüenta Empoeirados. É uma noite fresca de outono e o vento entra pelas janelas, balançando as cortinas como se fossem fantasmas.
Traz consigo os perfumes da rua: o cheiro das frituras do Bar do Garcia, ali na frente, um pouco de cheiro de lixo…
Traz também o som de papel arrastado pelo vento nas ruas sujas. E também, de súbito, o pavoroso e altíssimo som de um pagode dos mais conhecidos.
X-8 não gosta de pagode. Não gosta de música popular. Detesta, aliás. Seus ouvidos estão acostumados aos clássicos, e se irritam profundamente com essas manifestações que não podem ser contrariadas pelos politicamente corretos porque são “expressões legítimas da cultura popular”.
Ele se aproxima da janela, irritado, pensando em pegar algum lixo no corredor do prédio para jogar no responsável pela barulheira ali embaixo. Põe a cabeça para fora, indignado, e se horroriza.
O responsável era ele mesmo!
Sim; era o dia de seu aniversário e lá embaixo estava um Fusca com portentosos alto-falantes, veículo maldito de um Tele-Mico daqueles que são contratados para ir fazer festa para uns poucos e irritar a vizinhança inteira.
Ao redor do carro estão diversas palavras com cartazes elogiosos, do tipo “Viva X-8”! “Nosso Salvador”! “É o maior”! – e outras originalidades.
Quando o vêem aparecer à janela, desatam a gritar, exigindo que ele desça.
X-8 percebe que simplesmente não tem saída. Recusar só iria demorar mais ainda a apresentação. O caso é ir, enfrentar o pesadelo e voltar para tomar uma aspirina.
Coloca algodão nos ouvidos e desce, após enterrar mais ainda o chapéu na cabeça e levantar mais ainda a gola da gabardine que lhe oculta o rosto.
Chegado à calçada, as palavras suas clientes o saúdam com alegria. Ele não sabia que era popular a esse ponto. Aliás, não desejava ser popular a ESSE ponto.
Após aplausos, o condutor do fusca fatal começa um longo e engrolado discurso cheio de erros de concordância, em que chama o detetive de “ícone de nossa cultura”, “orgulho do bairro”, “ardoroso batalhador pela integridade das palavras”, “resgatador do conhecimento arcano”, “incansável pesquisador”, “sábio dos sábios” e outros adjetivos laudatórios que fazem a pobre vítima corar até à alma.
Começa então o espetáculo propriamente dito, com o espocar de foguetes. Bem, como com foguetes saía mais caro, alguns moleques tinham sido contratados para estourar alguns dos sacos de supermercado vazios que rolavam em abundância pelas calçadas.
Depois disso, começaram as músicas, cuja descrição vamos passar por alto, para que não seja evocado o pavor a que se submeteram os educados ouvidos de nosso personagem.
Acompanhando as músicas, exibiam seus dotes de dança umas moças da empresa festeira. Uma delas estava trajada para Dança do Ventre, sendo que o dito cujo era bastante protuberante e sacudia como geléia em determinados movimentos.
Outra se vestia, estranhamente, de Baiana, e rodava a dita cuja em frenéticos movimentos circulares.
Outra se vestia igualzinha a uma Miss Brasil de década de 60: sapatos de salto, maiô bem-comportado, cabelo cheio de laquê; tinha inclusive idade compatível.
Elas andavam e rebolavam para lá e para cá, aplaudidas sem parar pelas palavras e pessoas que circulavam por ali e que tinham saído do Bar do Garcia para apreciar o espetáculo.
Depois de meia hora disso, o apresentador anunciou que o homenageado ia fazer um discurso. Depois de apagar a velinha do bolinho de aniversário, um bolo inglês velho que apresentava uma pequena e fina vela azul usada, mas que depois de acesa ninguém notava.
O detetive percebeu ali a armadilha: deviam estar esperando que ele mostrasse o rosto para dar o necessário assoprão. Mas ele apagou a pequena chama com um rápido aperto de dois dedos em sua máscula luva marrom de couro, frustrando assim a idéia de alguns.
X-8 viu sua oportunidade de encurtar a coisa logo e começou a falar:
“Caros concidadãos e queridas palavras! Não sei como agradecer esta inesquecível homenagem que me fazem em meu humilde aniversário, palavra esta que vem, aliás, do antigo francês homage, “demonstração de respeito pelo seu senhor feudal”, de homme, “homem”, que vem do Latim homo, idem.
Antes que alguém pergunte, “aniversário” vem do Latim anniversarius, “o que volta anualmente”, formada por annus, “ano”, mais versus, de vertere, “voltar”.
A alegria que vocês demonstram – falando nisso, “alegria” vem do Latim alacer, “de ânimo leve, contente” – para com a minha humilde – palavra que vem do Latim humilis, “de baixa extração, sem pretensões”, literalmente “relativo ao chão”, relacionado com humus, “terra”, pessoa me deixa extremamente comovido.
Este vocábulo, não esqueçamos, deriva do Latim commotio, que vem do verbo commovere, “perturbar, mover”, verbo que se forma por com-, “junto”, mais movere, “mover”.
Destarte – que vem de “desta arte”, sendo esta última palavra derivada de artis, “modo de ser ou de agir”, desejo agradecer do fundo do meu coração – que vem do Latim cor, tão original presente, sendo que “original” deriva de origo, “origem”, do verbo oriri, “nascer, erguer-se” e que “presente” vem do Latim praesentare, “colocar na frente de”.
Inesquecível esta apresentação, amigas e amigos. Ela estará sempre em minha mente enquanto eu viver. Apenas lastimo que ela não possa se repetir, pois motivos de força maior me forçarão a estar ausente ou doente em todos os meus próximos aniversários. Muito obrigado”!
E se escafedeu escadas acima, enquanto era delirantemente aplaudido pela multidão nas calçadas.
Como fazia todas as noites, X-8, o grande detetive das origens das palavras, destrancou a porta do seu escritório, pronto para receber as palavras clientes que iriam consultar para saber sobre suas origens e pagar bem caro por isso.
Relanceou o olhar pelo corredor do terceiro andar do Ed. Éden, avistando o quadro contristador de sempre: lixo de todo tipo, em diversos estratos arqueológicos espalhados pelo chão, muito mal iluminado por uma lâmpada fraquinha pendente no alto do teto.
Desta vez, porém, havia algo novo: uma caixa de papelão grande, bem próxima ao seu escritório. Irritado, ele se preparou para levá-la aos pontapés até à escada e derrubá-la de lá, quando ela falou:
– O senhor é que é o seu X-8? O defensor das palavras?
Elogios eram com ele. Parou, o pé no ar:
– Isso e muitas coisas mais. Quem está aí dentro?
– Sou eu, Humildade. O senhor me deixa sair?
“Mais uma palavra que assume seu significado” – pensou o detetive. “Não precisa acontecer, mas não é nada raro”. Respondeu:
– Naturalmente, saia e entre no meu escritório.
Saiu de dentro da caixa uma palavra com vestimentas muito simples, olhando para o chão, toda encabulada, e entrou na sala em preto-e-branco estilo Anos Cinqüenta Desmazelados.
O detetive se sentou à escrivaninha e teve que insistir para Humildade se acomodar na cadeira à frente, pois ela primeiro foi para um canto e depois queria ficar de pé, mãos atrás das costas, cabeça baixa.
– Fale, minha senhora; em que posso ajudá-la? É uma questão de origem, espero?
– É, seu moço, eu tenho alguns problemas de autoestima e o meu psiquiatra, que está desesperado com minha fraca resposta ao tratamento me mandou para cá como último recurso.
X-8 se alertou: quando isso acontecia, não dava para retardar a ajuda. Palavras podem sumir de um idioma se não se sentem bem, e a segunda grande missão do detetive era salvar as palavras.
A primeira, naturalmente, era ganhar dinheiro.
Ele colocou disfarçadamente a mão no bolso da gabardine e apertou o botão do celular que tinha comprado numa loja de brinquedos baratos.
O aparelhinho começou a tocar alto e X-8 o levou ao ouvido:
– Ele. Sim. Não. O Ministro? Hum. – Olhou para a palavra e pediu licença por gestos, passando para o quarto ao lado e trancando a porta.
Ali ele folheou depressa alguns livros, tomando nota mentalmente do material básico necessário para atender à sua cliente. Dali a cinco minutos, voltou para a sala, fingindo que estava encerrando a conversa:
– A que horas chega o avião da Força Aérea mesmo? Ah, está bem, dá tempo de sobra. Não, não venham me buscar para não chamar a atenção com esse negócio de escolta, sirenes, etc. Não sou disso. Deixem que eu vou por minha conta. Ah, não se esqueçam de reservar a suite Hiper e os computadores de maior capacidade. Até.
Virou-se para a palavra:
– Coisas do ofício. Mas dá tempo de lhe fazer este seu atendimento, minha senhora, não se preocupe.
Devo-lhe dizer que a senhora, dona Humildade, vem do Latim humus, “terra”, derivado por sua vez do Indo-Europeu ghyom-, “terra”.
Daí se fez a palavra humilis, “humilde”, literalmente “que fica no chão, que não se ergue”, passando muito bem a mensagem deste significado.
Daí vieram outras palavras, como inumar, “enterrar”, formada por in-, “em”, mais humus. Ou seja, trata-se de colocar algo na terra.
Muito próxima a esta está seu oposto, exumar, de ex-, “fora”, mais humus. Aqui o verbo expressa a idéia contrária, de “desenterrar”, tirar fora da terra.
Mas o que eu lhe queria dizer, dona Humildade, é que a senhora descende de uma palavra que gerou também homo, “homem” em Latim. A idéia é “criatura nascida da terra”, como o Homem é apresentado na maioria das religiões, por oposição às divindades, sempre celestes.
Portanto, a senhora é parente, entre outras, de homicídio, coisa feia de se fazer, que junta homo ao sufixo –cídio, que vem do Latim caedere, “matar, imolar, derrubar”.
Outra palavra parente sua, esta refletindo coisa mais agradável, é homenagem, que se formou no Francês arcaico a partir de homenaticum, um derivado de homo no sentido de “vassalo”.
Também está neste rol hombridade, “honradez, retidão de caráter, coragem”, do Espanhol hombre, “homem”, derivado de homo.
Bonomia, o modo de agir de uma pessoa desprovida de más intenções, bondosa, é também sua prima; vem do Francês bonhomie, formado por bom, “bom”, mais “homme” que por sua vez vem de homo.
Está demais dizer, creio eu, que humano, humanidade, humanitário, etc., têm a mesma origem que a senhora.
Posso contar-lhe que a senhora tem uma parente que provavelmente nem a senhora conhece: é transumante, “aquele que realiza mudança de pastos com seu gado, que migra”. Essa palavra se forma por trans-, “através”, mais humus, ou seja, descreve um movimento “através da terra”.
A cada informação nova, Humildade abria os olhos e se mostrava maravilhada. Quando o detetive parou de falar, ela disse:
– Mas então eu faço parte de uma família que tem grande importância em termos de uso na linguagem moderna!
– Na antiga também, Dona Humildade, e isso continuará enquanto o idioma for usado para as pessoas se comunicarem entre si – respondeu X-8.
– Acho que já estou curada. Vou mandar meu psiquiatra se catar! – e a palavra se virou para sair.
O detetive, que não admitia trabalhar sem cobrar, se interpôs no seu caminho:
– Um momentinho; a senhora se esqueceu de que não tenho secretária e que o pagamento é feito para mim mesmo.
A palavra o olhou firme e ia responder algo muito pouco humilde. Mas viu que, do bolso superior da gabardine amarrotada do detetive, se projetava uma borracha.
Não há arma que as palavras temam mais do que as borrachas, que podem acabar com elas num rápido movimento.
Assim, ela colocou a mão no bolso e retirou um maço de dinheiro, contou o valor que o detetive lhe disse e saiu, batendo com a porta.
– A gente salva uma vida e é retribuído desse jeito! – resmungou X-8, contando o dinheiro – bem, enquanto pagarem, dá para agüentar a ingratidão…
– Puxa, pessoal, eu realmente não estou acostumada a falar em público, exceto para as crianças da minha aulinha. Como? Não preciso gritar tanto assim? Está certo, desculpem , é o hábito.
Mas que surpresa! Bem que ontem eu vi o pessoal preparando esses cartazes de “Viva a Tia Odete!”, mas não podia imaginar que fosse para mim, apesar de hoje ser o “Dia da Funcionária do Mês”.
E surpresa, não se esqueçam, vem do Francês surprendre, de sur, “sobre”, mais prendre, “pegar, prender”, do Latim prehendere, “agarrar, prender, pegar à força”. Imaginem o que o bandido sente quando está achando que escapou e o mocinho pula de uma árvore em cima dele. Essa é a idéia.
Mas, como eu ia dizendo, apesar da minha falta de experiência com uma audiência adulta, não posso me furtar a dizer uma ou duas palavras para agradecer a esta homenagem tão sincera e tão espontânea de que sou alvo.
E, falando em homenagem, posso dizer desde já que essa palavra provém do Provençal Antigo, onde era omenatge, derivado do Latim hominaticus, de homo, “homem”. Era uma forma de um homem prestar vassalagem a outro nas épocas feudais, mas acabou tendo um sentido geral de “fazer honrarias”.
É claro que eu sei que nossa escolinha está fazendo um daqueles programas de qualidade que são usados para extrair até o bagaço de quem trabalha, fazendo muitos cumprimentos e recusando aumentos.
E todos nós aqui sabemos que, como parte desse programa, cada pessoa daqui já foi nomeada “Funcionária do Mês”, desde o pessoal que varre o pátio até a Diretora que está ali ruborizada e que eu sou a última da lista e que no próximo mês tudo vai recomeçar, mas tudo bem.
Já que eu disse funcionária, não custa lembrar que esta palavra vem do Latim functio, “função”, de fungi, “cumprir, realizar, desempenhar”. Functionarius era quem exercia uma função. Chegou até nós pelo Francês fonctionnaire.
Em todo caso, agradeço comovida esta medalha de plástico dourado numa corrente de alumínio também dourado que estão me entregando.
Engraçado, há uma figura de atleta nela. Ou não havia outra na casa das medalhas ou então estão dizendo que sou uma verdadeira atleta por agüentar essa turma. Prefiro esta hipótese.
Colho a ocasião para contar aos presentes que agradecer vem do Latim gratus, “o que agrada ou que reconhece um agrado”.
E que comover vem do Latim commovere, “mobilizar, mover conjuntamente”, formado de com-, “junto”, mais movere, “mexer, deslocar, mover”. Uma pessoa comovida é alguém que foi retirada do seu estado natural pelo esforço de outros, mesmo que eles não estejam muito desejosos de fazer isso.
E medalha tem uma história até bastante longa. Em Francês é médaille, em Italiano é medaglia, e derivou do Latim metallea moneta, “moeda feita de metal”. Nesse idioma, metallum queria dizer “metal”, e derivou do Grego metallon, “minério, metal” . Só que o sentido original desta palavra era “mina, escavação para buscar material”, derivado de metalleúein, “escavar, minar”, relacionado ao verbo metallan, “procurar, pesquisar”.
Quem diria, um caminho ininterrupto entre os gregos que procuravam materiais úteis e esta coisinha barata que acabam de pendurar no meu pescoço!
Por sua vez, alumínio é da palavra cunhada por Sir Humphrey Davy, que lá pelo fim do século dezoito, descobriu este elemento. Inicialmente ele o chamou de alumium e depois aluminum. Este nome foi mantido pelos americanos, mas os ingleses preferiram aluminium, “que soava mais clássico”, conforme uma publicação de 1812.
O nome foi escolhido por ele devido ao alume, sal mineral usado como adstringente, que em Latim se chamava alumen, “sal amargo”, com a mesma origem do Grego aludoimos, “amargo”.
Mas acho que estou me desviando do meu objetivo, que é agradecer pelas honrarias de hoje.
E a maior honra foi terem trazido a minha turminha de aluninhos que me olham dali do fundo. Vejam só o Zorzinho escrevendo sem parar, a Valzinha falando sem parar, o Joãozinho muito compenetrado com alguma revistinha misteriosa, a Joana Beatriz ouvindo os sussurros do Sidneizinho no seu ouvido, a Ledinha sem saber o que está acontecendo… São uma turma inesquecível. Mal posso esperar que termine este ano.
Sinceramente, não precisavam tê-los trazido! Principalmente se queriam me homenagear de verdade.
Como dizia eu, é uma honra, palavra que vem do Latim honos, “honra, reputação, dignidade”, ser agraciada com este título e este diploma impresso pelo computador em papel A4 barato, vejam só: vou mostrar e vocês vão aplaudir como se fosse algo fabuloso.
Não vou dizer que diploma, “licença, mapa”, originalmente, vem do Grego diploun, “dobrar”, de diplos, “dobro” porque acho que todos já sabem, mas quero lembrar que esta palavra não deve ser confundida com dilema, um termo técnico de Retórica, do Grego dilemma, “dupla proposição”, formado por di-, “dois” e lemma, “premissa, algo aceito como verdade”. A noção correta é “ter que fazer uma escolha entre duas alternativas desagradáveis”.
Antes que alguém me pergunte de onde vem título, respondo que é do Latim titulus, “cabeçalho, inscrição”, de origem obscura. Adquiriu o sentido de “palavra que indica a posição hierárquica de uma pessoa” lá pelo século quinze.
E fabuloso vem de fabula, como se chamava em Latim uma história. Literalmente, quer dizer “o que é contado”, do verbo fari, “falar, contar”, com base Indo-Européia bha-, “falar”.
Os mais velhinhos, como eu, se lembrarão das fábulas que ouvíamos na infância, histórias edificantes passadas entre animais, cuja idéia era nos incutir moral e sentimentos elevados. Pelo que se vê do mundo ao nosso redor, parece que não deu muito certo.
Mas, senhora Diretora, – ei, a senhora sabia que esse seu cargo se chama assim porque em Latim dirigere era “colocar certo, determinar corretamente”, formado por dis, “fora” e regere, “guiar”? E que isso vem do Indo-Europeu reg-, “mover em linha reta”?
Como se supunha que o soberano de um povo fizesse tudo certinho, tudo direitinho – que tempos aqueles, não? – daí veio o Latim rex, “rei”. Em Sânscrito, era rajan, “rei, líder”, que originou rajá e marajá. Essa base também originou em nosso idioma as palavras reto e correto.
Como eu dizia antes de interromper a mim mesma, senhora Diretora, não posso senão expressar meus grandes agradecimentos por esta homenagem tão espontânea, tão sincera, tão pura, tão especial, tão… faltam-me as palavras, exceto para perguntar se já definiram um aumento de salário para nós, pobres seres que aguentam a dureza sem praticamente emitir uma queixa que seja.
Ah, puxa, desculpe, a senhora está atrasada para o dentista e vai ter que sair correndo, eu não sabia! Diga a ele que a senhora merece o prêmio de Paciente do Mês!