A Humanidade, para o bem ou para o mal, espalha suas palavras, noções, palpites, ideologias, obras literárias, besteiras – enfim, o que lhe vem à cabeça – de diversas maneiras, em vários tipos de apresentações.
Hoje é o nosso dia de dar uma olhada no étimo de diversas palavras usadas para nomeá-las.
LIVRO – do Latim liber, librum, “livro, papel, pergaminho”, originalmente “parte interna da casca das árvores”, do Indo-Europeu leubh-, “descascar, retirar uma camada”.
LIBRETO – designa o texto de uma ópera e deriva do Italiano libretto, diminutivo de libro, “livro”.
REVISTA – do Francês revue, inicialmente usado em teatro, com o sentido de “espetáculo comentando acontecimentos recentes”, do Latim revidere, “ver de novo”, formado por re-, “de novo”, mais videre, “ver”.
JORNAL – da expressão francesa papier journal, “escrito a cada dia, texto que se renova diariamente”, onde papier quer dizer “matéria escrita” e journal vem do Italiano giorno, “dia”, do Latim diurnum, “diário”, de dies, “dia”.
DIÁRIO – publicação que aparece a cada 24 horas; deriva do dies acima citado.
PANFLETO – “pequena obra impressa, muitas vezes sem capa”. O nome deriva do Anglo-Latim panfletus, uma alteração do título Pamphylus, Sive de Amore, “Pânfilo, ou Sobre o Amor”, um poema amoroso do século XII, muito popular na Idade Média.
FOLHETIM – do Francês feuilleton, “publicação pequena, com oito páginas”, derivado de feuille, “folha”, que veio do Latim folium, “folha”.
PUBLICAR – do Latim publicus, “relativo ao povo”, de populus, “povo”.
Uma publicação é um texto trazido ao povo, para qualquer um ler.
BOLETIM – do Italiano bulletino, diminutivo de bulletta, “documento”, por sua vez diminutivo do Latim bulla, “documento selado”.
Na verdade, este era o nome dado ao selo em si, que tinha forma arredondada. Bulla queria dizer “arredondado, inchado, bolha, bola”; depois a palavra foi estendida ao documento inteiro.
PASQUIM – a palavra que designa este texto calunioso ou satírico, também aplicado a um jornal de pouca importância e malfeito, tem uma história interessante.
Em 1501 o Cardeal Caraffa instalou à frente de seu palácio, em Roma, uma estátua antiga e mutilada. Os habitantes locais logo acharam que ela se parecia com um vizinho chamado Paschino e aplicaram o seu nome à estátua.
Como se tratava de uma área de grande circulação, as pessoas pegaram o hábito de afixar junto a ela papéis com escritos satíricos, caluniosos ou debochados voltados contra seus desafetos. E a partir daí se fez um substantivo que faz parte de diversos idiomas até hoje.
LIBELO – com um sentido semelhante à palavra anterior, mas mais sério, o de “afirmação por escrito capaz de prejudicar a reputação de uma pessoa”. Deriva do Latim libellus, diminutivo de librum, “livro”.
VOLANTE – este pequeno texto de propaganda que consta apenas de uma folha em tamanho pequeno recebeu seu nome a partir do Latim volans, “aquele que voa, o que se desloca rapidamente”, de volare, “voar”.
MANUAL – é uma publicação que geralmente não ensina a usar direito algum aparelho. Seu nome vem do Latim manualis, “relativo à mão, aquilo que pode ser usado com uma mão, portável”, de manus, “mão”.
VADEMECUM – é um livro de referência de consulta freqüente, em tamanho adequado para o porte cômodo.
Em Latim, vade mecum quer dizer “vem comigo” ou “anda comigo”.