gramática
Qual a origem da palavra “SACOLA”?
Resposta:
Ela vem de saco, que vem do Latim saccus, do Grego sakkos, do Hebraico saq, todos com o mesmo sentido.
Qual a origem da palavra “SACOLA”?
Ela vem de saco, que vem do Latim saccus, do Grego sakkos, do Hebraico saq, todos com o mesmo sentido.
Ai. Cena dantesca em minha sala de aula. Crianças aos gritos,dando socos em quem passar perto, puxando os cabelos umas das outras, escoiceando, atirando cadernos e lápis, pulando, berrando e dando risadas.
Valei-me São Benito que vou ter um faniquito. Santo Antenor, livrai-me deste horror. Santo Anspeçada, desaparecei com esta criançada. São Fernando, devolvei-me o controle deste bando.
Aqui, cri-an-ças! Vamos para de bater uns nos outros fazer uma roda aqui no chão e tentar descobrir o que foi que gerou este verdadeiro espetáculo do Circo Romano, aquele onde os lutadores se entrematavam para gáudio do público.
Hein? A Patty quis ver o que a Valzinha levava na mochila, aí esta achou ruim porque ali havia uma revistinha da tia dela que ela tinha prometido prô Joãozinho e achou que a Patty não podia saber dessas coisas e por isso a empurrou…
Bem, bem, ajeitem suas roupinhas e cabelos que a Tia Odete vai contar para vocês a origem de mochila. Esta palavrinha vem da época em que os escravos romanos, para não poderem passar por pessoas livres, tinham o cabelo raspado. Por isso eram chamados de mutilus, “mutilados”, já que tinham perdido uma parte do corpo.
Como muitas vezes eles andavam para lá e para cá levando às costas um saco de tecido com as compras do patrão, este começou a ser chamado de mutilus.
Como, Ledinha? O saco, não o patrão.
Depois de passar pelo idioma Basco, esse objeto para carregar material passou a se chamar mochila. Interessante, não?
Isso nos leva ao nome genérico de bagagem. Tal palavra nos veio do Francês bagage, de bague, “trouxa, atado, fardo”, de uma fonte escandinava que originou também a palavra bag, “saco”, em Inglês.
As bagagens costumam ser transportadas em malas, que também têm seu nome derivado do Francês – será que eles viajavam mais que os outros? – malle, “saco de couro”, do Frâncico malha, “saco para viagem”.
Sim, Aninha, maleta vem de mala, é o seu diminutivo. Menina esperta, essa! Que faro mais fino! Se se dedicasse mais ao estudo e menos à bagunça…
E, já que você falou nisso, podemos lembrar a valise, que vem do Italiano valigia. Como, em Espanhol, mala quer dizer “má”, a palavra que se firmou neste idioma para a mala de viagem foi valija, derivada do Italiano.
Um processo menos sofisticado de levar as coisas necessárias para uma viagem era colocar tudo num saco de qualquer material. Tal palavra vem do Latim saccus, do Grego sakkos, do Hebraico saq, todos com o mesmo sentido. Joãozinho, fique quieto.
Falando nisso, uma coisa que nós meninas não dispensamos ao viajar é a nossa nécessaire, uma bolsinha que os homens acham um absoluto mistério. Ali a gente leva as pinturas, os aparelhos de cuidar das unhas, os perfumes, todas essas coisas maravilhosas que os fabricantes nos dizem que vão atrair o Príncipe Encantado ao primeiro olhar ou à primeira fungada na nuca.
E, por mais que isso nunca aconteça, nós sempre acreditamos e compramos todas aquelas coisas para botar dentro. As esperanças nunca morrem!
Essa palavra francesa veio do Latim necessarius, “o que é indispensável”, literalmente “o que não tem volta”, de necesse, formado por nec, “não”, mais cedere, “recuar, ir embora”.
Também usamos uma bolsa para colocar nossas coisas dentro. Esse nomezinho veio do Latim pursa, idem, do Grego byrsa, “couro, pelego”.
Dentro dela colocamos o moedeiro, cujo nome evidentemente vem de “moeda”, e a carteira, que por incrível que pareça deriva mesmo de carta.
Não é assim, as cartas não ficavam amassadas porque no início as carteiras eram receptáculos grandes de couro que se usava para proteger a correspondência. Mais tarde elas foram encolhendo, até passarem a ser usadas para guardar dinheiro, entenderam?
Hum, o sinal do fim das atividades. Obrigada, Santa Paula, por termos chegado ao fim da aula.
Peguem as mochilinhas e não se metam mais no conteúdo das alheias.